O desafio da Governança para ambientes de Data Centers híbridos

A consultoria americana de TI, Gartner Group, prevê que, até 2020, serão vendidos mais serviços para provedores em nuvem de IaaS (Infrastructure as a Service) e PaaS (Platform as a Service) do que para Data Centers corporativos. A previsão faz sentido, teremos a expansão de dispositivos de IoT (Internet of Things) e uso intensivo de ferramentas de Big Data e Inteligência Artificial que requerem complexas arquiteturas e grandes infraestruturas para suportar a enorme quantidade de dados que serão trafegados na Internet e processados nos Data Centers. Dificilmente, um CTO (Chief Technology Officer) será ousado o suficiente para bancar essa infraestrutura e responsabilidade em um Data Center corporativo.

Entretanto, o conceito de Data Center corporativo ainda é aceito e deve ser mantido, tanto por questões de técnicas de proximidade das operações de missão crítica, como o chão de fábrica, como por questões de segurança. O caso do ataque de negação de serviço (DDoS) aos servidores do Dyn que afetou milhões de usuários e serviços como o Twitter, Spotify, Reddit, PlayStation Network e muitos outros, em outubro de 2016, colocou um sinal de alerta nas estratégias de migração maciça para serviços hospedados fora das empresas através da Internet.

O desafio para os gestores é estabelecer um modelo de governança que atenda aos requisitos de compliance e integração de serviços na nuvem e os serviços dos Data Center corporativos, ou seja, um ambiente hibrido.

Uma situação que deverá ser comum é a utilização de multicloud, uso de vários serviços de nuvem para fins específicos, incluindo redundância de processamento para fins de contingência. O desafio é gerenciar ambientes com plataformas heterogêneas.

De qualquer forma, as novas tecnologias e os novos modelos de negócios estão tornando mais complexas a governança e a operação dos Data Centers, exigindo mais automação, softwares de controle e pessoal especializado.

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